sábado, 29 de outubro de 2011

Rottnest Island, um tesouro no Indico


A semana passada inteira foi de muita chuva e dias bem cinzentos. Mas a meteorologia prometia sol a partir de 6ª. feira. Resolvemos arriscar...
Alguns amigos iam passar o final de semana prolongado (por conta da vinda da rainha foi feriado 6ª. feira) em Rottnest Island e nos animamos em nos juntarmos ao grupo a aproveitar para conhecer a tão falada ilha. Não tivemos oportunidade de fazer isso no Verão e Rottnest no Inverno, nem pensar! É um vento de cortar até o coração!
Acontece que não existem tantos hotéis assim na ilha e chegamos atrasados. Já estava tudo cheio, apesar de termos tentado no início da semana... Paciência, o jeito seria passar o dia lá e encontrar os amigos pra um almoço.
Falamos com a Rottnest Fast Ferries, que tem umas lanchas enormes e super potentes e reservamos nossa ida. Podíamos ter saído de Fremantle, mas por questões de ordem prática, preferimos pagar mais caro e sair de Hillary`s, uma marina há 15 minutos da minha casa.
A passagem não é barata, mas o barco é confortável, tem ar condicionado, é seguro e veloz. Faz em 40 minutos a travessia até Rottnest e o bilhete de adulto custa AU$85. Eles tem dois horários pela manhã: 07h15 e 09h30min. Optamos pelo primeiro, já que só passaríamos aquele dia na ilha e teríamos que estar de volta no barco das 16h30min.
O dia amanheceu lindo, absolutamente AZUL. Arrumamos nossas mochilas com o mínimo possível, filtros solares e para enganar o estômago levamos bananas e frutas secas. Rumo à Hillary`s!
O barco partiu pontualmente. Fomos para a popa, onde é mais aberto e podíamos sentir o vento no rosto enquanto víamos Perth ficar pequenininha ao fundo. O clima era de alegria: muitos casais – jovens e idosos -, famílias, bikers e aventureiros. Tinha até um violão, que chegou a ser dedilhado algumas vezes.






Rottnest é mesmo uma VISÃO, uma jóia no meio do Indico! As águas cristalinas tiram o fôlego dos turistas e não turistas. Não há como conter todos os tipos de exclamação! A ilha já até faturou o status de ILHA CLASSE A! Não é pra menos...
São 63 praias e 20 baías, onde podemos encontrar 95 espécies de peixes, mais de 20 tipos de corais, 140 tipos de plantas e inúmeras aves migratórias. Sem falar do QUOKKA, que conto a seguir.




E de onde vem esse nome??? Descobri que ROTTNEST vem de ROTT ENEST (em holandês) e que em inglês é RATS NEST, que significa ninho do rato. Em 1696 a ilha foi descoberta por um explorador holandês – Willem de Vlamingh – que confundiu o lindo QUOKKA com um ratão e daí surgiu Rottnest.
Na verdade, o QUOKKA é um marsupial muito fofinho, curioso e as vezes tímido. Parece um pouco com um canguru em miniatura (uns 70 cm). É marronzinho e super friendly. Dizem que existem pela ilha toda, de 8.000 a 12.000 quokkas. Nós vimos vários no vilarejo de Rottnest e Ramírez fez amizade com um deles. Bem, quem na gosta de carinho, né?





Bem, quando chegamos fomos direto ao centro de informações ao visitante. Pegamos um mapa da ilha e checamos as opções de transporte – ônibus, bicicletas ou PÉ!!! Resolvemos tentar as bicicletas, que é o que a maioria das pessoas faz. São 22 km para dar a volta em toda a ilha, que apresenta alguns trechos mais íngremes de vez em quando.
Essa era minha dúvida... Será que eu ia conseguir?? Pra resolver o problema, alugamos uma bike de dois lugares e se eu não conseguisse, o Ramírez me puxaria. Afinal, não é ele que tira onda de ciclista??? A união faz a força!
O BIKE HIRE é enoooooorme. Nunca vi tantas bicicletas juntas. Os capacetes são obrigatórios e vc também recebe um cadeado pra quando quiser deixar a bike e curtir as praias.


Compramos 2 litros de água e lá fomos nós. Pedalando, pedalando, pedalando.

De repente descortinávamos aquela maravilha. Uma baía mais linda que a outra. As diferentes nuances de azul coloriam as águas transparentes das praias paradisíacas e o relevo da ilha ajudava a nos colocar em  pontos estratégicos para visualizarmos do alto as paisagens estonteantes: corais, rochas, areia alvíssima e uma vegetação muito parecida com a de Cabo Frio e Arraial do Cabo compunham o cenário.




Fizemos inúmeras paradas, mas apenas duas pra curtir um pouquinho da praia e nos abastecer de bananas e damascos. Não tem nada nas praias, VC TEM MESMO QUE LEVAR O QUE COMER E BEBER.
Ventava bastante e a água estava fria de um lado da ilha e mais gostosa do outro. Ramírez ia numerando no nosso mapinha os locais por onde passávamos: Henrietta Rocks, Porpoise BaySalmon Bay, Parker Point, Green Island, Mary Cove, West End(a ponta da ilha), Narrow Neck, Stark Bay, York Bay e Thomson Bay. Não deu tempo de visitar o farol, que nos pareceu muito lindo também. Ah, e como não podia deixar de ser, encontrávamos lixeiras com coleta seletiva e banheiros em vários pontos da ilha.








Levamos umas 4 horas entre paradas e pedaladas até darmos a volta completa na ilha e encontrarmos nossos amigos na pousada Rottnest Lodge, onde tomamos uma cerveja geladíssima como prêmio pela conquista. Ramírez foi um excelente comandante e incentivador e eu.... uma excelente carona. (mas pedalei o tempo todo, acreditem!).
Almoçamos no DÔME, que fica no vilarejo, próximo ao deck de onde saem as lanchas. A vila é uma graça, cheia de lojinhas, bares e restaurantes pitorescos. Estávamos famintos!!! A vista do restaurante era perfeita e a companhia dos amigos alegrava nossa tarde. O tempo voou e logo tivemos que devolver as bikes e voltar ao jetty para esperar a saída do nosso barco. Mas antes, claro, passeamos pela vila e compramos chapéus.







Logo estávamos partindo de volta a Perth, exaustos, mas com a sensação de que...
Se existe dia perfeito, aquele era um deles!





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